QUEM SOMOS

A PLATAFORMA ALIMENTOS BRASIL 2050 é aberta para todos os atores do sistema alimentar. Lideranças inovadoras em sistemas alimentares globais, incluindo Roger Van Hoesel na Holanda e o CEO do EIT food Andy Zynga, cientistas, engenheiro de alimentos, economistas, nutricionistas, agrônomos, sociólogos e aprendizes.

Adotamos uma abordagem sistêmica que reconhece a natureza complexa e interconectada dos desafios nos sistemas alimentares e as relações de poder que moldam a tomada de decisões.

A construção de soluções com uma ampla gama de atores do sistema alimentar depende de uma abordagem democrática do conhecimento que valoriza a ciência de ponta, ao mesmo tempo em que reconhece a importância do conhecimento experiencial e tradicional. A plataforma tem amplitude agnóstica permitindo análises independentes que abordam as questões mais urgentes.

Nossa Missão é promover a transição para sistemas alimentares sustentáveis no Brasil e América Latina.
Queremos que o debate sobre a reforma global do sistema alimentar seja por meio de relatórios científicos e recomendações políticas detalhadas.

PRINCÍPIOS

A PLATAFORMA ALIMENTOS BRASIL 2050 é uma nova iniciativa que visa informar o debate sobre como reformar os sistemas alimentares. Identificamos alguns princípios fundamentais para orientar a transição urgentemente necessária para sistemas alimentares sustentáveis.

Eles incluem princípios para moldar os sistemas alimentares sustentáveis do futuro, bem como princípios para os tipos de conhecimento e análise necessários para apoiar essa transição. Esses princípios apoiarão o trabalho da plataforma nos próximos anos. Que tipos de conhecimento e análise são necessários para apoiar a transição?

Diversos e resilientes

Os sistemas alimentares devem ser fundamentalmente reorientados em torno de princípios de diversidade, multifunção e resiliência. Essa mudança é necessária na agricultura para sustentar a produtividade e os agro sistemas a longo prazo, e deve ser complementada pela diversidade nas cadeias de suprimentos e mercados, a fim de apoiar dietas diversas e nutritivas. 

Democrático e empoderador

A tomada de decisões nos sistemas alimentares deve ser democratizada de forma a capacitar atores desfavorecidos e ajudar a realizar os direitos humanos de todos, incluindo o direito à alimentação. O acesso a esses processos não deve depender de gênero, idade, etnia ou riqueza. As necessidades e perspectivas de pequenos agricultores, consumidores desfavorecidos e outros grupos menos favorecidos devem ser incluidos.

Holística e sistêmica

Fome, obesidade, degradação ambiental, perda de biodiversidade, as pressões sobre os meios de subsistência dos pequenos agricultores, erosão cultural, exploração da força de trabalho e outros problemas nos sistemas alimentares estão profundamente interconectados. O pensamento holístico é necessário para identificar “lock-ins” sistêmicos e encontrar soluções integradas e potenciais alavancas de mudança.

Sensível ao poder

A análise dos sistemas alimentares não deve ignorar o poder diferencial dos atores de influenciar a tomada de decisões e definir os termos do debate para a reforma. As relações de poder e a economia política dos sistemas alimentares devem tomar o centro do palco.

Transdisciplinar

O conhecimento deve ser coproduzido com agricultores, trabalhadores da indústria alimentícia, consumidores, empreendedores e outros atores e movimentos sociais que possuem uma compreensão única dos sistemas alimentares. Atores de áreas como saúde pública, meio ambiente e desenvolvimento rural também têm muito a contribuir para o debate sobre a reforma dos sistemas alimentares.

Quais princípios e valores devem nortear os sistemas alimentares sustentáveis do futuro?

Sustentável em todas as dimensões

A sustentabilidade deve ser a referência da reforma dos sistemas alimentares, e deve incluir as dimensões ambiental, sanitária, social, cultural e econômica. Sistemas alimentares sustentáveis devem fornecer dietas nutritivas, acessíveis e culturalmente aceitáveis, e devem fornecer segurança alimentar sem comprometer a capacidade das gerações futuras de fazê-lo.

Adequadamente medido

Novos indicadores de progresso devem ser desenvolvidos para capturar os benefícios de sistemas alimentares equitativos, resilientes, diversos e ricos em nutrientes, de forma que o crescimento da produtividade, a disponibilidade líquida de calorias e outras medidas que os indicadores atuais não estejam fazendo sejam identificados. Esforços e iniciativas para melhorar a sustentabilidade dos sistemas alimentares devem ser avaliados com vistas a ver a melhoria contínua.

Social e tecnologicamente inovador

A transição para sistemas alimentares sustentáveis exige processos complexos e holísticos de mudança. A inovação social desempenha um papel tão grande quanto a inovação tecnológica, e se estende às práticas de distribuição de alimentos e varejo, bem como modos de produção. Os impactos das vias de inovação devem ser continuamente avaliados.

Independente

Engajamento

Organizações de produtores, varejistas e outros atores das cadeias alimentares devem estar totalmente engajados na definição e desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis.